domingo, 14 de abril de 2013

Quem faz história? Visibilidade é um instrumento de poder?


O poema “Perguntas de um trabalhador que lê” de Bertold Brecht questiona com razão uma concepção histórica e social muito forte. Alguns pensadores chamam de “Dualismo Estrutural”, segundo esta leitura da realidade, alguns são constituídos, formados ou pagos, para pensar e outros para executar.
A reificação das obras, dos méritos, das conquistas geralmente recai sobre quem concebe, sem levar em consideração quem executa.
A música “Cidadão” (composição de Lúcio Barbosa, gravada por Zé Geraldo, Zé Ramalho, entre outros músicos) deixa bem clara a angústia e decepção do trabalhador que participou de construções de diversos prédios com certa relevância social, dos quais, após prontos ele não pode nem entrar e ainda é confundido com ladrão, se tornando um invisível social no contexto das obras edificadas que participou da construção.
Na história, os personagens, fatos, méritos, entre outros, são destacados a partir da ótica e lógica dos detentores de poder político e/ou poder econômico, ficando a margem as pessoas que participaram do processo, quer executando, quer sendo vilão, quer sendo vítima dos processos históricos e sociais.

Obs.:
Para ouvir a música e ler a letra “Cidadão” interpretada por Zé Ramalho http://letras.mus.br/ze-ramalho/75861/
Para ler o poema “Perguntas de um trabalhador que lê” de Bertold Brecht
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usu%C3%A1rio(a):Pedro_Castro

Nenhum comentário:

Postar um comentário